Um levantamento entomológico feito em Costa Rica entre 7 e 11 de novembro, pela equipe do Laboratório de Entomologia do Setor Técnico no Núcleo Regional Saúde de Três Lagoas, não detectou a presença de insetos da família Flebotominea, um dos principais vetores de transmissão de leishmaniose.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jovenaldo Francisco dos Santos, a pesquisa foi realizada com armadilhas C.D.C. luminosa em 40 pontos abrangendo todos os bairros no perímetro urbano do município.
“O laudo apontado pelo técnico de laboratório de Entomologia, Marcos Antônio Batista Teixeira, descartou a presença desse tipo de mosquito em nossa cidade. Isso tranquiliza nossa população, mas os cuidados precisam ser constantes com a limpeza de quintais e terrenos retirando folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favorecem a umidade do solo, onde o vetor se desenvolve”, alerta o secretário.
Conforme o coordenador municipal de Endemias, Geandro dos Santos Almeida, durante a ação foi capturado apenas um exemplar da família Flebotominea, sendo ele da espécie Brumptomyia ovellari, espécie esta que não tem importância médica, e na observação aos cães dos locais pesquisados não foi notado sinais clínico aparente para leishmaniose e sim, cães aparentemente sadios.
“Graças ao trabalho incessante da equipe de vetores, bem como a colaboração da população, Costa Rica se mantém ilesa de surtos dessa doença, mesmo o Brasil estando entre os países que concentram o maior número de espécies de flebotomíneo em todo o mundo”, completa o coordenador.
Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença vetorial grave que se não for tratada pode levar à morte em mais de 90% dos casos.
Ela é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.
As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico e o cavalo.
Para o diagnóstico precoce as pessoas devem estar atentas às manifestações clínicas da doença, tanto em crianças como em adultos. Entre os sintomas estão o aumento do abdômen e febres de longa duração.