O Ministério da Saúde acrescentou no Calendário Nacional de Vacinação a vacina quadrivalente papilomavírus humano (HPV) oferecida gratuitamente pelo SUS – Sistema Único de Saúde - para prevenção do câncer do colo do útero.
Diante disso, a Prefeitura de Costa Rica – MS por meio da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a SEMED – Secretaria Municipal de Educação – abrem na próxima segunda-feira, 10 de março de 2014, a Campanha de Vacinação contra o HPV para as alunas da rede pública e particular de ensino (meninas e adolescentes com idade entre 11 anos e 13 anos – nascida entre 01/01/2001 e 31/12/2003).
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A vacina também estará disponível a partir do dia 13 de março de 2014 (quinta-feira) nas unidades de saúde (ESFs – Estratégia de Saúde da Família), pois será implantada no calendário básico de vacinação.
Conforme a secretária Municipal de Saúde, enfermeira Adriana Tobal, o HPV é o principal causador do câncer de colo de útero e após o início da vida sexual a adolescente é orientada a realizar o exame do preventivo. “O câncer do colo do útero é uma doença grave e pode ser uma ameaça à vida. No Brasil, é a segunda principal causa de morte por câncer entre mulheres”, lembra.
Segundo Ellen Pavan, coordenadora Municipal de Vigilância Epidemiológica, o objetivo da ação no Município é imunizar o maior número de alunas através da vacinação em escolas públicas e privadas, como também nas unidades de saúde. “As meninas devem receber três doses da vacina. Uma nesta campanha, a segunda dose após seis meses e a terceira após cinco anos. A vacina protege a usuária contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18), mas não dos outros subtipos nem de outras doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, é sempre importante usar a camisinha”.
A vacinação das adolescentes ocorre sem necessidade de autorização ou acompanhamento dos pais ou responsáveis. No entanto, caso o pai ou responsável não autorize a vacinação da adolescente na escola, deverá encaminhar o “Termo de Recusa”, devidamente preenchido e assinado.
Imunização
A vacina contra o HPV previne infecções causadas pelo vírus e, consequentemente, o câncer do colo do útero reduzindo a carga da doença. Tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus.
É destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado ainda nas infecções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. Portanto, a vacina não tem uso terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero, de lesões displásicas cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de verrugas genitais.
A quantidade de anticorpos produzidos por estímulo da vacina é maior do que por infecção natural. Estudos de seguimento de 15 anos em vacinados na Europa deverão responder a durabilidade da proteção, visando confirmação de proteção.
Cabe lembrar que vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e também não substitui o rastreamento do câncer, pois a vacina não confere proteção contra todos os subtipos oncogênicos de HPV. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais.
O objetivo da vacinação contra HPV no Brasil é prevenir o câncer do colo do útero, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade. Desfechos como prevenção de outros tipos de câncer induzidos pelo HPV e verrugas genitais são considerados desfechos secundários.
O Brasil tem a meta de vacinar 80% da população alvo, o que representa 4,16 milhões de meninas. O impacto da vacinação em termos de saúde coletiva se dá pelo alcance de 80% de cobertura vacinal, gerando uma “imunidade coletiva ou de rebanho”, ou seja, reduzindo a transmissão mesmo entre as pessoas não vacinas.